terça-feira, 20 de janeiro de 2009

Já vai tarde

Ao término do seu mandato, o presidente George W. Bush deixa o cargo com uma série de resquícios de desastre em sua administração. Não é à toa que teve um dos piores índices de avaliação da história dos presidentes norte-americanos. Em oito anos estimulou o ódio, a revolta e a ira dos mais diferentes povos espalhados pelo mundo.
Vencedor de uma eleição controvérsia em que superou o candidato Al Gore, no Estado da Flórida com os votos de cinco delegados (vale salientar que estes cinco votos eram exatamente do estado governado por seu irmão, Jeb Bush), o ex-presidente foi responsável pela invasão do Afeganistão sob o pretexto de tentar encontrar Osama Bin Laden e sua Al Qaeda, ambos acusados pelo ataque em 11 de setembro de 2001. Ocupou o Iraque com a teoria de que o país possuía armas de destruição em massa. Resultado: nem Bin Laden nem armas foram encontradas. Hoje os dois países estão mergulhados nos mais graves conflitos civis que se tem notícia.
O orçamento para financiar a guerra aumentou vertiginosamente em sua gestão, em cinco anos de ocupação, foram gastos somente no Iraque cerca de $ 3 trilhões de dólares. Dinheiro este usado para compra de munição, armas, tanques, etc. Perseguiu governos populares e democraticamente eleitos pelo povo na América Latina, como Bolívia e Venezuela. Através de seu governo instituiu a prática de tortura como forma de extrair a delação dos presos, sobretudo dos acusados de terrorismo.
Foi alvo de imensas críticas da forma como eram tratados os presos na detenção de Guantânamo, em Cuba.
Provocou a ira de ambientalistas internacionais ao não assinar o protocolo de Kioto, (em que cada país se comprometeria em reduzir o lançamento de gases nocivos ao meio ambiente), com o pretexto de reduzir o faturamento das empresas norte-americanas. Este mesmo país é o maior poluidor da face da terra. Bush também cortou 34 milhões de dólares ao financiamento do Fundo dos Povos das Nações Unidas, em 2002. Promoveu uma série de tensões diplomáticas com a China, Coréia do Norte, Cuba e Irã, entre outros países que não se submetiam aos seus ditames e política externas.
Demorou na ação e no resgate da população, quando o furacão Katrina varreu o Estado de Nova Orleans, causando a morte de milhares de pessoas em 2005. Ainda em seu governo, o país sofrera uma das maiores crises econômicas de sua história, conclusão: aumento da desigualdade, corte no orçamento social, aumento do número de desempregados, fechamento de empresas e crescimento do índice de pobreza.
Ao se despedir da Casa Branca deixa uma herança maldita, um país mergulhado na recessão e na depressão econômica. Mas por outro lado, também deixa na população uma esperança que dias melhores virão, resta saber se Barack Obama terá o cacife e a auto-determinação de promover um governo progressista, algo muito difícil em épocas de imperialismo.




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