quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

Posse do novo (ou velho) comandante da polícia civil do Pará

Execuções sumárias, assassinatos, crescimento dos assaltos, entre outros. Este é o quadro do Estado do Pará na atualidade, apesar do reforço das tropas de segurança nacional na capital Belém por conta do Fórum Social Mundial, marcado para acontecer este mês, os números confirmam a violência no estado. Nada mais natural que o governo reformule sua atuação, estabeleça projetos e mude os responsáveis pelo comando das polícias. E é exatamente isto que o governo do Pará faz. Quem assume o novo comando da polícia civil no estado é o delegado Raimundo Benassuly. Até aí tudo bem, se este delegado não fosse o mesmo que causara indignação na sociedade brasileira há pouco mais de um ano.
Quando exercia o cargo de Delegado-geral da polícia civil do Pará, fora questionado na Comissão de Direitos Humanos no Senado, sobre o caso da garota de 15 anos mantida numa cela juntamente com 20 homens, na cidade de Abaetetuba (PA). Respondeu simplesmente que a garota sofria de alguma debilidade mental, logo constatado que não era o caso. Ora, mesmo se sofresse de alguma deficiência mental, justificaria o fato de ser mantida numa cela masculina, sendo inclusive menor de idade, justificaria o fato de negligenciar a maneira que fora presa, a análise de documentos ou mesmo a busca de parentes que pudessem, ao menos saber da prisão da garota, e o que é pior, durante a sua prisão, sofrera constantes abusos por parte dos presos.
Esse é um dos casos acontecidos neste imenso país que temos conhecimento, o que falar dos casos omissos à opinião pública, como a existência de torturas no sistema prisional brasileiro. Apesar de toda repercussão do caso nacionalmente, inclusive com comentário do presidente da República, condenando a situação. Nenhum deles foram suficientes para impedir a posse do conhecido delegado. Desta forma, como poderemos resolver os problemas postos na sociedade permanecendo no erro? Definitivamente, há que trilharmos outros caminhos, pois uma coisa todos nós haveremos de concordar: a debilidade mental, neste caso, está no responsável pela nomeação do inerte delegado.

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